Publicado em:
17/11/2025
Um movimento sísmico está reconfigurando o acesso ao capital de inovação. Gigantes de Wall Street, tradicionalmente focados no mercado público, estão comprando o acesso direto ao ecossistema de startups, desafiando o modelo clássico de Venture Capital.
Nas últimas semanas, três aquisições estratégicas sinalizaram esta nova era:
Historicamente, o investimento em startups promissoras era um jogo restrito. O caminho exigia acesso a fundos de VC de elite e a aceitação da famosa estrutura de taxas "2 e 20" (2% de administração anual mais 20% sobre os lucros).
O que Goldman, Morgan Stanley e Schwab estão fazendo é construir uma ponte. Eles estão criando a infraestrutura para "liquidificar" o que sempre foi ilíquido: ações de empresas pré-IPO.
A visão é clara: permitir que investidores façam apostas menores, diretas e com maior flexibilidade, de forma similar ao que já ocorre na bolsa de valores. Para o nosso público de inovação corporativa, isso sinaliza um acesso sem precedentes ao deal flow de ponta.
Esta ofensiva de Wall Street não acontece no vácuo. O ecossistema de Venture Capital enfrenta um de seus períodos mais desafiadores:
Os bancos tradicionais identificaram a maior dor do mercado atual: a falta de liquidez.
Ao comprar plataformas como EquityZen e Forge Global, Wall Street não está apenas entrando no jogo; está criando um novo campo de jogo. A aposta é na consolidação de um mercado secundário robusto, onde founders, funcionários e investidores anjo possam vender suas participações antes de um IPO.
Para as startups, isso pode significar novas e vitais fontes de capital. Para o VC tradicional, é um ultimato: adaptar-se ou perder o monopólio do acesso às melhores oportunidades de inovação.